Diabetes Melito Gestacional (DMG)
Diabetes Melito Gestacional, ou simplesmente Diabetes Gestacional, é qualquer grau de alteração da glicemia que seja reconhecida, pela primeira vez, durante a gestação, podendo ou não persistir após o parto, exceção feita quando o diagnóstico é realizado na primeira visita pré-natal ou com menos de 20 semanas de idade gestacional (IG) em mulheres de alto risco e que já tenham os critérios definitivos para diabetes melito.
Como se desenvolve
Ainda não se sabe ao certo por que o Diabetes Gestacional se desenvolve.
Sobre a Diabetes “Normal”
Sabe-se que o Diabetes “normal” acontece quando pâncreas não é capaz de produzir o hormônio insulina em quantidade suficiente para suprir as necessidades do organismo, ou porque este hormônio não é capaz de agir de maneira adequada (resistência à insulina).
O corpo digere o alimento que consome gerando açúcar (glicose) que entra na corrente sanguínea. A insulina promove a redução da glicemia (taxa de açúcar no sangue) ao permitir que o açúcar que está presente no sangue possa penetrar dentro das células, para ser utilizado como fonte de energia.
Portanto, se houver falta desse hormônio, ou mesmo se ele não agir corretamente, haverá aumento de glicose no sangue e, consequentemente, o diabetes.
Mudanças Hormonais na Gestação
Durante a gravidez, a placenta, que liga ao bebê para seu suprimento de sangue, produz altos níveis de vários hormônios.
Quase todos eles prejudicam a ação da insulina nas células, aumentando o nível de açúcar no sangue. Dessa forma, uma elevação modesta de açúcar no sangue após as refeições é normal durante a gravidez. Já uma hiperglicemia no momento da concepção pode causar teratogenicidade (problemas no feto).
Índice ideal para engravidar
Por isso, o ideal é engravidar com exame de Hemoglobina Glicada (HbA1C) menor que 5%.
A maioria das pacientes (75 a 80%) com Diabetes Melito Gestacional consegue obter controle da glicemia apenas com plano alimentar e atividade física, sem necessidade de medicação.
Riscos da Diabetes Melito Gestacional: para a Gestante e para o Bebê!
A hiperglicemia ao longo da gestação pode causar riscos maternos e fetais, entre eles:
- Macrossomia fetal (peso elevado do recém-nascido)
- Trauma de parto
- Prematuridade (nascimento antecipado)
- Infecção urinária de repetição
- Síndrome do túnel do carpo
- Gastroparesia (deixa a digestão lenta)
- Aumento do risco da criança apresentar obesidade futuramente
- Síndrome metabólica
- Hipertensão arterial
Como controlar?
Reduzindo ingestão de carboidrato
Deve-se reduzir o percentual de carboidratos para menos de 50% das calorias diárias (segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes – SBD),o ganho de peso deve ser monitorado semanalmente, que deve ser quase nulo no primeiro trimestre.
Atividade Física
Idealmente, a paciente deve praticar 30 minutos de atividade aeróbica diariamente, medindo a Glicemia Capilar* pré e pós-exercício, não se deve exercitar com glicemia capilar menor ou igual a 70mg/dl ou maior ou igual a 250mg/dl.
* Glicemia medida com o sangue da ponta do dedo com aparelhos portáteis de uso doméstico.
Cuide-se!
Veja mais sobre Diabetes Mellitus Tipo 2 neste artigo da Dra. Thaís R. M. Tozini.