E o momento é de Síndrome Gripal… Como evitar?!

Síndrome Gripal

Quando o azul do céu se torna incontestável, quando os dias encurtam, quando o sol se suaviza, quando o orvalho nos brinda o amanhecer, e um quê de frio aparece

É tempo de retirar dos armários as proteções térmicas para manter o corpo aquecido… E é tempo de se preparar para os agravos da nova estação...resfriado, gripe, síndrome gripal

Os vírus respiratórios têm sua circulação fortemente influenciada pelo clima, entre eles, o vírus influenza, que é de elevada transmissibilidade, distribuição global, e com tendência a se disseminar facilmente em epidemias.

Conforme a Organização Mundial da Saúde, estima-se a ocorrência de casos da influenza que podem variar de leve a grave, e, até a morte. A hospitalização e a morte ocorrem principalmente entre os grupos de alto risco: crianças, idosos, gestantes, portadores de doenças crônicas.

Em todo o mundo, estima-se que epidemias anuais resultem em cerca de 3 a 5 milhões de casos de doença grave e cerca de 290.000 a 650.000 mortes.

A doença pode ser causada pelos vírus influenza A, B e C (este raramente causa doença grave), sendo que os vírus A (ocorre em cerca de 75% dos casos) e B (podem predominar em algumas temporadas), mas apresentam maior importância clínica.

Os vírus tipos A e B sofrem frequentes mutações e são responsáveis pelas epidemias sazonais (inverno) e também por doenças respiratórias com duração de quatro a seis semanas e que, frequentemente, são associadas com o aumento das taxas de hospitalização e morte por pneumonia, especialmente em pacientes que apresentam condições e fatores de risco.

Estima-se que uma pessoa infectada seja capaz de transmitir o vírus para até dois contatos não imunes. Recentemente, comprovou-se que os vírus sobrevivem em diversas superfícies (madeira, aço e tecidos) por 8 a 48 horas.

Embora a maioria das infecções por influenza tenha evolução autolimitada, a febre, em geral, é alta (38º C a 40º C), com duração entre 3 e 5 dias, com tosse e fadiga que podem se prolongar por 2 semanas ou mais. Infecções como otite e sinusite, e o agravamento de crises de asma e bronquite crônica também são muito comuns. A complicação da influenza que mais frequentemente leva à hospitalização e à morte é a pneumonia, que pode ser causada pelo próprio vírus ou por infecção bacteriana.

E então, o que fazer para se proteger?

1) Se informar:

Síndrome gripal (SG)
Febre de início súbito, mesmo que referida, acompanhada de tosse ou dor de garganta e pelo menos um dos seguintes sintomas: cefaleia, mialgia ou artralgia, na ausência de outro diagnóstico específico.

Crianças com menos de 2 anos de idade: considera-se também como caso de síndrome gripal: febre de início súbito (mesmo que referida) e sintomas respiratórios (tosse, coriza e obstrução nasal), na ausência de outro diagnóstico específico.

OBS: Procurar sempre o profissional médico de sua confiança e/ou uma Unidade Básica de Saúde.

Transmissão do vírus influenza
Por meio de secreções das vias respiratórias da pessoa contaminada ao falar, tossir, espirrar ou pelas mãos, que após contato com superfícies recém‐contaminadas por secreções respiratórias pode levar o agente infeccioso direto a boca, olhos e nariz.

 2) Adotar práticas que evitam a transmissão da influenza e outras doenças respiratórias:

MEDIDAS QUE EVITAM A TRANSMISSÃO DA INFLUENZA E OUTRAS DOENÇAS RESPIRATÓRIAS
Higienizar as mãos frequentemente, principalmente antes de consumir algum alimento.
Utilizar lenço descartável para higiene nasal. Descartar o lenço no lixo após uso.
Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir.
Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca.
Higienizar as mãos após tossir ou espirrar. No caso de não haver disponibilidade de água e sabão, usar álcool gel.
Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas.
Manter os ambientes bem ventilados.
Evitar contato próximo e visitas a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de influenza.
Evitar sair de casa em período de transmissão da doença.
Evitar aglomerações e ambientes fechados (procurar manter os ambientes ventilados).
Adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos.
Orientar o afastamento temporário (trabalho, escola etc.) até 24 horas após cessar a febre.

3) Tomar a vacina contra a Influenza anualmente, conforme preconizado pelo Ministério da Saúde e Organização da Saúde:

Grupos para vacinação contra Influenza 2018
PERÍODO VACINAÇÃO: 23/04 a 01º/06/2018
Crianças de 6 meses a menores de 5 anos
Trabalhador de Saúde (públicos e privados)
Gestantes: todas as gestantes em qualquer idade gestacional
Adultos ≥ 60 anos
Puérperas: todas as mulheres no período até 45 dias após o parto (apresentar certidão nascimento filho, cartão gestante, etc.)
Portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (prescrição médica com motivo)
Povos Indígenas
Professores (públicos e privados)